Faixa Com APOLOGIA A ESTUPRO em Faculdade: 12 Alunos Expulsos
Faculdade Santa Marcelina: Um histórico de machismo e a luta por justiça
A Faculdade Santa Marcelina, localizada na cidade de São Paulo, tem sido palco de um debate acalorado sobre machismo e cultura de estupro após a expulsão de 12 alunos por apologia ao estupro. O caso, que ganhou repercussão nacional, teve início com a publicação de uma foto de calouros da Atlética de Medicina segurando uma faixa com a frase "entra porra escorre sangue".
A imagem, que circulou em grupos internos da faculdade, gerou revolta entre estudantes e professores. A Atlética, responsável pela faixa, inicialmente atribuiu a ação aos calouros, mas posteriormente afastou o presidente e vice-presidentes da gestão 2025. A Faculdade Santa Marcelina, em nota oficial, condenou a atitude dos alunos e afirmou que "reafirma sua postura proativa e colaborativa em relação ao assunto, perante as autoridades competentes".
No entanto, este não é o primeiro caso de machismo na Faculdade Santa Marcelina. Em 2017, um coletivo feminista denunciou o hino da Atlética, que continha letras com apologia à violência sexual contra mulheres. A música, que era cantada em festas e eventos da faculdade, foi banida pela Atlética e outras entidades esportivas após a denúncia.
A Faculdade Santa Marcelina, na época, alegou não ter tido acesso à denúncia e, portanto, não ter tomado medidas. No entanto, a diretora acadêmica, Lucimara Duarte Chaves, afirmou em depoimento durante um inquérito policial que nunca tinha tido conhecimento sobre o hino ou seu teor.
A postura da Faculdade Santa Marcelina em relação aos casos de machismo tem sido questionada por diversos setores da comunidade acadêmica. Muitos criticam a instituição por ter demorado a agir e por não ter implementado medidas eficazes para combater a cultura de estupro. A expulsão dos 12 alunos, embora seja um passo importante, não resolve o problema de fundo.
É fundamental que a Faculdade Santa Marcelina assuma um papel mais proativo na luta contra o machismo e a cultura de estupro. A instituição precisa investir em ações de conscientização e prevenção, além de criar mecanismos para a denúncia e punição de casos de violência contra a mulher.
O caso da Faculdade Santa Marcelina é um exemplo de como a cultura de estupro ainda persiste em diversos ambientes, inclusive no meio acadêmico. É preciso que universidades e faculdades se engajem ativamente na construção de um ambiente mais seguro e igualitário para todos.